sábado, 3 de setembro de 2011

É saudade!

Ahhh, e eu não entendia desse amor.
Mas um dia o destino, num plano mirabolante, me fez chegar de mala e cuia,
e mais nada, àquela terra.
Era uma terra estranha e linda, tal como devem ter observado os portugueses,
lá por volta de 1500. E viajei!

Não entendia dos versos que os nascidos na Bahia tanto cantarolavam. Dos mais
antigos aos tão contemporâneos, não há um baiano, que em suas letras e em suas
tantas formas de expressão, não tenha declarado explicitamente esse sentimento.
E constatei!

O cheiro da Bahia é diferente, o ar, a brisa e toda aquela cor. E assim fui
redescobrindo um Brasil maravilhoso. E contemplei!

Esse amor você pode não entender também. E nem é coisa que todo mundo entenda.
Aquela cultura, aquele povo bonito, verdadeiramente peculiar, só se entende
com o coração bem limpo. E acreditei!

E agora sigo aqui, no vai e vem que esse destino insiste em me levar. As malas e a
cuia voltaram, mas o coração ficou. E os versos que tantas vezes não compreendi
já não me saem do pensamento. E chorei!

"Que saudade eu tenho da Bahia."
Dorival Caymmi

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Criancisse boa!

Quem dera pudéssemos ver tudo com olhos de criança... sempre!
Gritar sem vergonha dos que estão olhando, quando alguma coisa nos surpreender.
Sorrir de verdade, sorrir aberto, quando alguma coisa encher o coração de alegria.
Chorar, chorar com lágrimas na hora da dor verdadeira, chorar sem lágrimas por puro charme.
Pular, de alegria simplesmente. Pular, por ser livre.
Correr, ir depressa ao encontro do que interessa.
Brigar, mas pelo o que se quer, sem maldade, só por valentia.

A criancisse é o que de melhor o ser humano pode ter. É ter pureza de sentimentos, é ter espontaneidade,
coração aberto, mãos leves, pés inquietos.

E o passar dos anos nos leva tudo isso!

Mas seria mágico viver com a leveza da criança! E transformar até nossos imensuráveis problemas, numa brincadeira
que acaba na hora de dormir!

Agora!